terça-feira, 27 de maio de 2008


DOIS CORAÇÕES NO ESPAÇO

Dois corações em planos diferentes,
a mesma alegria da saudade,
o mesmo amor varando o espaço
e encontrando-se no portal entre os sonhos.
Vivendo em mundos distantes,
Eles se encontram nas asas do sonho.
Dois corações fora do corpo, o mesmo amor.
Duas almas tocando-se no bojo da luz estelar.
Há sonhos que não são sonhos, são encontros estelares.
Há saudades que não são da Terra, elas vêm de dimensões distantes.
Dois corações, uma fusão espiritual.
Além dos limites carnais, um reencontro há muito esperado.
Eles vencem as travas corporais e o espaço.
Fundem-se na mesma luz, tornaram-se estrelas.
Não importa mais a distância, o contato estava feito.
Eles sabem um do outro e o espaço se curva para eles.

O portal estelar era testemunha:
Dois corações que se amam, mesmo em dimensões diferentes,
Sempre se encontram fora do corpo.
É o amor que os leva!
Por ele, eles voam e tornam-se estrelas.

Há sonhos que não são sonhos, são encontros estelares.
Há anjos dentro dos portais estelares.
Eles inspiram os encontros extrafísicos e as canções.
Sorrindo, eles dizem aos viajantes espirituais:

É o amor que os leva... Para Sempre!


O MOVIMENTO DA NOVA ERA
Patrícia Cândido


Na época atual é comum ouvirmos a expressão “Nova Era”. Expressões como paradigma holístico, geração índigo, criança cristal, medicina integrativa, chacras ou terapias alternativas já fazem parte do nosso vocabulário.

Mas, o que a Nova Era tem de novo? Na verdade, nada, tratando-se do conhecimento antigo traduzido para uma linguagem contemporânea.

As civilizações orientais mais antigas já citavam a medicina holística em 9000 a.C., portanto não há nada de novo e sim um agrupamento do passado com informações da era tecnológica.

Hoje, num mundo mais livre, menos reprimido graças a uma época em que a liberdade é real e não vigiada – ao menos em países como o Brasil - podemos falar de qualquer assunto sem repressão. Podemos expressar nossa opinião de forma livre, sem temer a morte através de uma fogueira ou guilhotina. O medo foi companheiro da humanidade durante milênios, marcado em nossas células a ferro e fogo perdurando até os dias de hoje. Princípios como a nossa existência cíclica (reencarnação), por exemplo, caracterizam as “eras” da humanidade. Todos nós, de ancestrais primatas ao homo sapiens, vivenciamos eras distintas, experimentamos vidas e sensações diferentes, e com isso aprendemos, evoluímos, crescemos.

Desde a era primitiva, do “aprender a andar ereto” até a nossa atual era inteligente e digital, o homem sempre se defrontou com os mistérios da criação do universo, com o “quem sou”, “de onde vim”, “para onde vou”. E nos momentos de transição entre as eras sempre surgem seres especiais que são formadores de opinião para introduzir novos conceitos ou reafirmar conceitos antigos que foram esquecidos, no intuito de ajudar a esclarecer as principais dúvidas da humanidade.

Chamo esses seres especiais de Grandes Mestres da Humanidade, porque foram capazes de abandonar o ego simplesmente por amor. Porque tinham senso de unidade, de que todos formamos uma única teia, uma rede de energia que nos interliga a cada ser que vive nesse planeta. Porque já nasceram sabendo que em suas vidas existia uma missão específica e humildemente, deixaram suas mensagens, muitas vezes em forma de parábolas, como Mestre Jesus, em grandes livros como o Mestre Yogananda ou uma mensagem gravada em nossos corações, como a querida Madre Tereza. Seres que vieram a trabalho, a serviço do bem e da obra espiritual. Entender a Nova Era é abandonar conceitos de dualismo, de separação e compreendermos que assim como um conjunto de células trabalha em nosso corpo com harmonia e funções determinadas, nós também somos células com trabalhos específicos dentro de um grande organismo vivo: o Planeta Terra. Portanto, fazemos parte de um corpo maior, e esse por sua vez também faz parte de algo maior chamado galáxia e mais adiante o Universo, que também compõe algo mais gigante ainda.

Essa Nova Era que começa a nascer, compreende o ser humano como um ser sutil, composto por pontos energéticos que apresentam variações e ondas vibratórias conforme seus pensamentos, sentimentos e emoções. E realmente estamos acompanhando uma era onde os seres humanos vivenciam a cada dia os confrontos com sua alma, seja em frente ao espelho ou numa avenida engarrafada com buzinas ensurdecedoras. Nesses momentos, a um passo da loucura e do desespero começam a aparecer os questionamentos que se deparam com nossa natureza essencial. E algumas perguntas tornam-se bem freqüentes:

O que estou fazendo aqui, no meio desse trânsito?

É natural um nó de gravata em meu pescoço, me apertando e sufocando o dia inteiro?

É natural um salto tão alto machucando meus pés?

É natural respirar de forma ofegante, sem parar?

Se tenho um sistema imunológico auto-suficiente é natural tomar tantas medicações?

E são tantas outras perguntas, que poderia existir um livro inteiro somente com elas...

O fascínio pela era digital e tecnológica e pelas máquinas está dando lugar para uma reaproximação e encantamento com tudo aquilo que é natural, ou que foi criado pelo Universo. O ser humano está sentindo “necessidade de mato”. Cada vez mais. Uma necessidade natural de reaproximação com sua verdadeira família, com sua verdadeira morada e sua natureza.

Caro leitor, para apurar se sua percepção está próxima do natural ou não, vamos fazer uma pequena brincadeira! Vou falar algumas palavras bem no seu ouvido. Você vai lendo e calmamente imaginando e sentindo o que elas despertam em seu coração, que tipo de emoção lhe vem a mente:

Opção 1) Buzina, trânsito, fila de banco, escritório, fast-food, centro da cidade, rodoviária, gravata, salto alto, stress, cafezinho, ônibus, caminhão, camelô, farmácia, raiva, mágoa, irritação, nervosismo, stress, dor.

Ok. Se você sobreviveu a tudo isso, podemos continuar.

Opção 2) Cachoeira, flor, cristal, amarelo, sol, suco natural, filhote, alma, oração, bebê sorrindo, borboleta voando, cabelo ao vento, mar, montanha, som da água, beija-flor, abraço, risada, amor, confiança, respeito, humildade, fé.

O que lhe pareceu mais natural? Se a segunda opção for mais freqüente em sua vida, parabéns! Você começa a tomar consciência de quem realmente é. Um ser humano, energético que dispõe internamente de todos os recursos de cura e que não precisa buscar equilíbrio externamente. Se a primeira opção se apresenta mais freqüente em sua vida, o botão de alerta precisa ser acionado! É hora de fazer sua reforma íntima, antes que a doença se manifeste.

A Nova Era em que estamos inseridos nada mais é do que prestar atenção em si mesmo, pois a todo instante nosso corpo sinaliza se estamos vivendo conforme nossa natureza ou não. Não podemos negar que pela grande capacidade de adaptação do ser humano é que até hoje ele sobreviveu e está presente aqui na Terra, porém é preciso equilibrar-se. Precisamos de ar puro, de sol, de natureza. É natural! É inerente... Não tem como dissociar o ser humano da natureza, pois dela fazemos parte. O acúmulo de dias, meses, anos em um ambiente tenso, desequilibrado, competitivo e barulhento destrói qualquer saúde. E quando você precisar de algo externo como várias caixas de medicação alopática, cuidado: é um alerta do não conhecer-se !!!!!!!!!!!!!!!!!!! Não quero aqui de forma alguma firmar a extinção da alopatia... Isso é até engraçado e não falo disso... Nunca! Pois precisamos das medicações alopáticas tanto quanto das medicações vibracionais, o propósito é justamente a integração das duas verdades, com equilíbrio, discernimento e consciência!

Precisamos muito uns dos outros, pois cada um destaca-se onde tem maior habilidade, de acordo com as características e experiências de seu espírito. Todas as profissões são louváveis e exigem seres humanos competentes e dedicados, como se fosse um verdadeiro sacerdócio.

Porém é necessário dosar o trabalho e manter o equilíbrio. Uma célebre frase do Dalai Lama diz que os homens gastam toda a saúde para ganhar dinheiro e depois todo o dinheiro para recuperar a saúde. Parece incoerente e ilusório. E realmente é!

De onde veio toda essa fome pelo trabalho? Você já parou para pensar nisso? Por que trabalhar tanto?

Muitas pessoas afirmam que gostam de trabalhar para se distrair.

Mas pergunto aqui: distrair-se de quê? Provavelmente da evolução espiritual, pois quando ficamos sozinhos e quietos isso nos traz incômodo. Nesses momentos somos obrigados a olhar para dentro de nós mesmos. E desse caminho surge uma realidade permeada pelos mais diversos conflitos. Começamos a perceber nossas inferioridades, medos, angústias e principalmente, nossa covardia de assumir quem realmente somos: seres divinos.

E por todos esses motivos, precisamos nos distrair.

Com um bom carnaval.

Com futebol. Reality-shows. Uma cervejinha. Uma ilusãozinha.

Um cigarrinho. Depois uma doençazinha. Quem sabe uma depressãozinha? E mais tarde o fim da vidinha vazia e cheinha de ilusões...

Concentrar-se em si mesmo e reavaliar-se constantemente deveriam ser práticas diárias. Essa é a felicidade real, um exame constante da nossa missão de alma: a maior característica da Nova Era.

É necessário libertar-se dos conceitos que estão enraizados em nossas mentes, como o de que somos máquinas ou robôs, que precisam produzir para cada vez mais acumular riquezas materiais. Os bens materiais existem para que tenhamos conforto, afinal vivemos aqui, em um planeta material, mas jamais devemos nos tornar escravos do sistema.

Jesus mesmo disse: “Vós sois Deuses e podeis curar através da fé.”

Não somos máquinas.

Somos partículas de Deus e como Ele, devemos contemplar a beleza do natural...

Não precisamos trabalhar até a exaustão, cumprindo uma rotina estressante, distraindo-nos na mesmice automática e esquecendo de quem realmente somos: uma alma crística.

Deixo aqui a dica de organizar a rotina de maneira que a cada dia exista um tempo de oração, de interiorização, de sentir-se... perceber-se... alongar-se... e alinhar-se com a fonte cósmica de energia!!!!!!!!!!

E se isso é tão positivo, porque não fazemos todos os dias?

Ahhhhhhh, porque precisamos de um carro melhor. Uma casa melhor. Uma roupa melhor... De mais dinheiro... E isso nunca acaba. É um vício tão terrível quanto o das drogas ou do álcool!!! E porque queremos sempre mais e mais? Todos os prazeres e satisfações provenientes das coisas materiais são efêmeros, durando muito pouco tempo: são descartáveis, e assim que conseguimos o que queremos, acabou a graça... Nos viciamos na matéria e nos desejos materiais, do querer cada vez mais!

Será que em um único mês de férias conseguimos compensar o desgaste de um ano inteiro de stress? Ou seria mais viável construir pequenas doses diárias de prazeres que transpõem o tempo e que seriam verdadeiros antídotos para aniquilar a preocupação da sua vida?

Normalmente o que nos traz preocupação, angústia e ansiedade são situações onde nada podemos fazer. Então, as preocupações só nos trazem a doença.

Tudo o que começou de forma natural deve ser resolvido da mesma forma. Admiro os Mestres Budistas porque se referem aos pensamentos nocivos como “venenos da mente” e aos sentimentos nobres como “antídotos”. E são esses antídotos que os Grandes Mestres da Humanidade vieram nos trazer... Foram esses os presentes que recebemos e que a grande maioria de nós, seres humanos, não soube aproveitar...

Alguns Mestres foram ridicularizados, humilhados, mas mesmo assim por amor a humanidade, continuam vibrando e emitindo luz pela dissolução de nossa ignorância espiritual.

A Nova Era nada mais é do que percebermos que fazemos parte de um processo muito maior. Haveria algum sentido em toda essa existência senão a nossa evolução espiritual?

Seja Bem Vindo à Nova Era!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!